“Se a educação não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, foi o que disse o educador e filósofo Paulo Freire. Esse pensamento evidencia-se na sociedade, pois o analfabetismo tem impedido o desenvolvimento do Brasil, visto que a educação enfrenta problemas sociais para sua disseminação, e que apresenta importante papel para a qualificação dos indivíduos. Nesse contexto, faz-se necessárias medidas que permitam o seu acesso democrático a todos os cidadãos brasileiros.

É preciso destacar, em primeiro lugar, que o analfabetismo é uma das consequências da acentuada desigualdade social. Karl Marx dizia que a burguesia era detentora dos meios de produção, e, hoje, analogicamente, vê-se que ela detém o privilégio do conhecimento na sociedade brasileira, pois pode pagar por uma educação de qualidade, enquanto a maioria da população depende das escolas públicas, que enfrentam o descaso do Estado.

É notório, além disso, que na sociedade pós Revolução Industrial, quanto maior a especialização, mais chances de se estabilizar no sistema capitalista. Isso, porque a Revolução obrigou os indivíduos a se qualificarem para garantirem um emprego, e, assim, conseguirem viver dignamente. Essa qualificação começa com a educação de base e dura toda a vida, pois, a todo momento, novas formas de trabalhar tomam o lugar dos velhos empregos, por causa das inovações tecnológicas.

Fica evidente, portanto, que o Brasil possui um alto índice de analfabetismo por problemas relacionados à desigualdade social, e que isso prejudica a qualificação dos brasileiros. Visto isso, faz-se necessário que o Ministério da Educação, unido com a Secretaria de Educação, ensinem aos profissionais do ensino formas didáticas e ativas que façam os estudantes terem prazer pelo o aprendizado, por meio de cursos gratuitos de capacitação profissional, a fim de atrair os jovens para as escolas, garantindo, assim, o Brasil que Paulo Freire sonhara.