No filme "Lolita", a protagonista de 12 anos mantém uma relação íntima, romantizada pelo público, com seu padrasto, o qual abusa da inocência infantil da menina. Para além do cinema, essa realidade fica evidente dado que o abuso sexual de menores é, em sua maioria, praticado e escondido por parentes, além da participação perigosa das redes sociais nesse crime. Por isso, se torna crucial combatê-lo.

É preciso destacar, em primeiro lugar, que as vítimas de pedofilia não estão seguras em seus próprios lares. Em 2020, o posto de saúde do Espírito Santo descobriu a gravidez de uma menina de 11 anos, fruto dos constantes abusos de seu padrasto. Essa jovem escolheu passar por um aborto, porém as feridas emocionais e psicológicas deixarão marcas, as quais muitas vítimas não conseguem tratar, visto que não possuem coragem ou condições de contar à alguém ou colocar um fim aos abusos, pois são manipuladas pelos agressores ou convivem com eles.

Além disso, nota-se que o uso das redes sociais para praticar esse crime. Os aplicativos de conversa permitem que pedófilos criem contas falsas e entrem em contato com menores, e, ao se aproveitarem da falta de maldade desses, induz eles para que se encontrem com o criminoso. Além do abuso sexual, isso pode resultar em sequestros e até homicídios.

Fica evidente, portanto, que a pedofilia está presente diariamente na vida dos brasileiros e que encontra facilidades nas redes sociais. Visto isso, é necessário que o ICA, Instituto da Criança e do Adolescente, unido com o Ministério da Educação, oriente nossos jovens quanto aos sinais do crime de abuso sexual, isso deve ocorrer por meio de palestras educativas que ensinem os cuidados necessários na internet e fora dela, além de acompanhamento psicológico escolar, com a finalidade de identificar possíveis casos de pedofilia, ou sua tentativa. Garantindo, assim, o cumprimento das leis, ao garantir uma infância e adolescência saudáveis a todos.