“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco a sociedade muda”, foi o que disse o Educador Paulo Freire no último século, e sua ideia permanece até hoje. Porém, observa-se o contrário na prática, o ensino de qualidade e inclusivo no Brasil é quase um privilégio de poucos, e, mesmo que a constituição de 1988 garanta, na teoria, que todos possuam o direito à educação, as escolas enfrentam dificuldades de cumprir o seu papel, e, com isso, os estudantes são prejudicados, fazendo com que alguns nem se sintam parte desta instituição, que é considerada responsável por parte do processo de socialização primária do indivíduo. 

Em geral, há uma falta de preparo emocional dos profissionais da educação e de estrutura nas escolas para atender alunos que possuam alguma deficiência, e garantir que estes participem dos grupos sociais. Isto, em conjunto com o bullying e preconceitos difundidos com facilidade entre os alunos, faz com que estes não enxerguem em seus educadores um ponto de apoio psicológico, e sentem-se martirizados e excluídos no seu ambiente escolar. 

Grande parte das instituições de educação pública enfrentam obstáculos com a falta constante de materiais e objetos para atender os jovens e adultos. Além, é claro, de professores que não possuem as habilidades necessárias para educar os individuos. Por isso, as famílias que possuem condições financeiras optam pelas instituições privadas, resultando em um desequilíbrio na educação brasileira, em que nem todos recebem a educação devida.

Visto que há diversos problemas para garantir com que os brasileiros recebam educação inclusiva de qualidade, faz-se necessário que o Ministério da Educação garanta a estrutura física necessária, além de promover projetos e campanhas que ajudem a preparar os profissionais da educação, afim de que todos os alunos se sintam devidamente incluídos e não mais prejudicados, perpetuando os ideais de um país democrático.